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Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo

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Mimijak
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 Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo Empty Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo

Mensagem por Unbreakable Seg Jan 30, 2012 10:10 pm

Mais um autor que o Michael gosta de ler um breve resumo da vida do autor e ao final o conto referente.

Edgar Allan Poe

 Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo 210px-Edgar_Allan_Poe_2

Nome completo Edgar Allan Poe
Nascimento:19 de Janeiro de 1809
Boston, Massachusetts, Estados Unidos
Morte:7 de outubro de 1849 (40 anos)
Baltimore, Maryland, Estados Unidos
Nacionalidade:Norte-americano
Cônjuge:Virginia Eliza Clemm Poe
Ocupação escritor, poeta, crítico e editor
Principais trabalhos:The Murders in the Rue Morgue
The Purloined Letter
The Mystery of Marie Roget
Movimento literário:Ficção científica, horror,fantasia

Assinatura: Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo 150px-Edgar_Allan_Poe_Signature.svg


Edgar Allan Poe (Boston, 19 de janeiro de 1809 – Baltimore, 7 de outubro de 1849) foi um escritor, poeta,romancista, crítico literário e editor estado-unidense.
Poe é considerado, juntamente com Jules Verne, um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas. Algumas das suas novelas, como The Murders in the Rue Morgue (Os Crimes da Rua Morgue), The Purloined Letter (A Carta Roubada) e The Mystery of Marie Roget (O Mistério de Maria Roget), figuram entre as primeiras obras reconhecidas como policiais, e, de acordo com muitos, as suas obras marcam o início da verdadeira literatura norte-americana.

Índice

• 1 História
• 2 Morte
• 3 Estilo literário e temas
o 3.1 Gêneros
o 3.2 Teoria literária
• 4 Obras
• 5 Ligações externas
• 6 Referências

História

Edgar Allan Poe nasceu no seio de uma família escocesa-irlandesa, filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da atriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu após o nascimento de Rosalie, a irmã mais nova de Poe. em 1811. Depois da morte da mãe, Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, um mercador de tabaco bem sucedido de Richmond, que nunca o adotou legalmente, mas lhe deu o seusobrenome (muitas vezes erroneamente escrito "Allen").

 Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo 240px-Edgar_Allan_Poe_Birthplace_Boston

Placa no local de nascimento de Edgar Allan Poe, em Boston
Depois de frequentar a escola de Misses Duborg em Londres, e a Manor School em Stoke Newington, Poe regressou com a família Allan a Richmond em 1820, e registrou-se na Universidade da Virgínia, em 1826, que viria a frequentar durante um ano apenas. Desta viria a ser expulso graças ao seu estilo aventureiro e boêmio.

 Livros favoritos do Michael 02 - Edgar Allan Poe - O corvo 220px-Eliza_Poe

Retrato de Elizabeth Arnold Hopkins Poe, a mãe de Edgar Allan Poe

Na sequência de desentendimentos com o seu padrasto, relacionados com as dívidas de jogo, Poe alistou-se nas forças armadas, sob o nome Edgar A. Perry, em 1827. Nesse mesmo ano, Poe publicou o seu primeiro livro, Tamerlane and Other Poems. Depois de dois anos de serviço militar, acabaria por ser dispensado. Em 1829, a sua madrasta faleceu, ele publicou o seu segundo livro, Al Aaraf, e reconciliou-se com o seu padrasto, que o auxiliou a entrar na Academia Militar de West Point. Em virtude da sua, supostamente propositada, desobediência a ordens, ele acabou por ser expulso desta academia, em 1831, fato pelo qual o seu padrasto o repudiou até a sua morte, em 1834.

Poe mudou-se, em seguida, para Baltimore, para a casa da sua tia viúva, Maria Clemm, e da sua filha, Virgínia Clemm. Durante esta época, Poe usou a escrita de ficção como meio de subsistência e, no final de 1835, tornou-se editor do jornalSothern Literary Messenger em Richmond, tendo trabalhado nesta posição até 1837. Neste intervalo de tempo, Poe acabaria por casar, em segredo, com a sua prima Virgínia, de treze anos, em 1836.

Em 1837, Poe mudou-se para Nova Iorque, onde passaria quinze meses aparentemente improdutivos, antes de se mudar para Filadélfia, e pouco depois publicar The Narrative of Arthur Gordon Pym. No verão de 1839, tornou-se editor assistente da Burton's Gentleman's Magazine, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua colecção Tales of the Grotesque and Arabesque (traduzido para o francês porBaudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para o português como Histórias Extraordinárias), que, apesar do insucesso financeiro, é apontada como um marco da literatura norte-americana.

Durante este período, Virgínia Clemm soube sofrer de tuberculose, que a tornaria inválida e acabaria por levá-la à morte. A doença da mulher acabou por levar Poe ao consumo excessivo de álcool e, algum tempo depois, este deixou a Burton's Gentleman's Magazine para procurar um novo emprego. Regressou a Nova Iorque, onde trabalhou brevemente no Evening Mirror, antes de se tornar editor do Broadway Journal. No início de 1845, foi publicado, no jornal Evening Mirror, o seu popular poemaThe Raven (em português "O Corvo").

Em 1846, o Broadway Journal faliu, e Poe mudou-se para uma casa no Bronx, hoje conhecida como Poe Cottage e aberta ao público, onde Virgínia morreu no ano seguinte. Cada vez mais instável, após a morte da mulher, Poe tentou cortejar a poeta Sarah Helen Whitman. No entanto, o seu noivado com ela acabaria por falhar, alegadamente em virtude do comportamento errático e alcoólico de Poe, mas bastante provavelmente também devido à intromissão da mãe de Miss Whiteman. Nesta época, segundo ele mesmo relatou, Poe tentou o suicídio por sobredosagem de láudano, e acabou por regressar a Richmond, onde retomou a relação com uma paixão de infância, Sarah Elmira Royster, então já viúva.
Diferentemente da maioria dos autores de contos de terror, Poe usa uma espécie de terror psicológico em suas obras, seus personagens oscilam entre a lucidez e a loucura, quase sempre cometendo atos infames ou sofrendo de alguma doença. Seus contos são sempre narrados na primeira pessoa.Ele teve quatro filhos.

Morte

Ver artigo principal: Morte de Edgar Allan Poe
No dia 3 de Outubro de 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as suas, em estado de delirium tremens, e levado para o Washington College Hospital, onde veio a morrer apenas quatro dias depois. Poe nunca conseguiu estabelecer um discurso suficientemente coerente, de modo a explicar como tinha chegado à situação na qual foi encontrado. As suas últimas palavras teriam sido, de acordo com determinadas fontes, «It's all over now: writeEddy is no more», em português, «Está tudo acabado: escrevam Eddy já não existe».
Nunca foram apuradas as causas precisas da morte de Poe, sendo bastante comum, apesar de incomprovada, a ideia de a causa do seu estado ter sido embriaguez. Por outro lado, muitas outras teorias têm sido propostas ao longo dos anos, de entre as quais: diabetes, sífilis, raiva, e doenças cerebrais raras.

Estilo literário e temas
Gêneros

As obras mais conhecidas de Poe são Góticas, um gênero que ele seguiu para satisfazer o gosto do público. Seus temas mais recorrentes lidam com questões da morte, incluindo sinais físicos dela, os efeitos da decomposição, interesses por tapocrifação, a reanimação dos mortos e o luto. Muitas das suas obras são geralmente consideradas partes do gênero do romantismo negro, uma reação literária ao transcendentalismo, do qual Poe fortemente não gostava.
Além do horror, Poe também escreveu sátiras, contos de humor e hoaxes. Para efeito cômico, ele usou a ironia e a extravagância do rídiculo, muitas vezes na tentativa de liberar o leitor da conformidade cultural. De fato, "Metzengerstein", a primeira história que Poe publicou, e sua primeira incursão em terror, foi originalmente concebida como uma paródia satirizando o gênero popular. Poe também reinventou a ficção científica, respondendo na sua escrita às tecnologias emergentes como balões de ar quente em "The Balloon-Hoax".
Poe escreveu muito de seu trabalho usando temas especificamente oferecidos para os gostos do mercado em massa. Para esse fim, sua ficção incluiu muitas vezes elementos da popular pseudociência, como frenologia e fisiognomia.

Teoria literária

A escrita de Poe reflete suas teorias literárias, que ele apresentou em sua crítica e também em peças literárias como "The Poetic Principle".
Ele não gostava de didaticismo e alegoria, pois acreditava que os significados na literatura deveriam ser uma subcorrente sob a superfície. Trabalhos com significados óbvios, ele escreveu, deixam de ser arte. Acreditava que o trabalho de qualidade deveria ser breve e concentrar-se em um efeito específico e único. Para isso, acreditava que o escritor deveria calcular cuidadosamente todos sentimentos e idéias.
Em "The Philosophy of Composition", uma peça na qual Poe descreve seu método de escrita em "The Raven", ele afirma ter seguido estritamente este método. Porém, foi questionado se ele realmente seguiu esse sistema.
T. S. Eliot disse: "É difícil para nós lermos esta peça sem pensar se Poe escreveu seu poema com tanto cálculo, ele poderia ter pego um pouco mais de dores sobre isto: o resultado dificilmente tem crédito ao método". O biógrafo Joseph Wood Krutch descreveu a peça como "um exercício um tanto engenhoso na arte de racionalização".

Obras

Ver artigo principal: Lista de obras de Edgar Allan Poe

O Wikisource possui trabalhos escritos por este autor: Edgar Allan Poe

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Edgar Allan Poe
 A Dream (1827)
 A Dream Within a Dream (1827)
 Dreams (1827)
 Tamerlane (1827)
 Al Aaraaf (1829)
 Alone (1830)
 To Helen (1831)
 Israfel (1831)
 The City in the Sea (1831)
 To One in Paradise (1834)
 The Conqueror Worm (1837)
 The Narrative of Arthur Gordon Pym (1838)
 Silence (1840)
 A Descent Into the Maelstrom (1841)
 Tell Tale Heart (1843)
 Lenore (1843)
 The Black Cat (1843)
 Dreamland (1844)
 The Purloined Letter (1844)
 The Divine Right of Kings (1845)
 The Raven (1845)
 The Philosophy of Composition
 Ulalume (1847)
 Eureka (1848)
 Annabel Lee (1849)
 The Bells (1849)
 Eldorado (1849)
 Eulalie (1850)
 The Valley Of The Unrest
 Bridal Ballad
 The Sleeper
 The Coliseum
 Sonnet:To Zante
 To One in Paradise
 The Haunted Palace
 Romance
 FairyLand
 Song
 To F-
 To -
 To F-s S.O-d
 To The River-
 The Lake.To-
 The Bells
 A Valentine
 An Enigma
 To --
 To M.L.S.-
 To My Mother
 For Annie
 The pit and the pendulum (1842)
 William Wilson (1839)
 Berenice (conto)
 Morella (conto)
 The Oblong Box (conto)
 The Man of The Crowd (conto)
 The Imp of The Preverse (conto)
 The Fall of The House Of Husher (conto)
 The Assignation (conto)
 The Oval Portrait (conto)
 The King Pest (conto)
 The Gold-Bug (conto)
 Ms.Found In a Bottle (conto)
 The Balloon Hoax (conto)
 Metzengerstein
 Ligeia (conto)
 The Masque of the Red Death
 The Cask of Amontillado (conto)
 "Thou Art the Man" (conto)
 The Spectacles (conto)
 The Murders in The Rue Morgue (conto)
 O Mistério de Marie Rogêt
 The Premature Burial (conto)
 A Tale of the Ragged Mountains (conto)
 The Domain of Arnheim (conto)
 Landor's Cottage (conto)
 The Island of the Fay (conto)
 The Colloquy of Monos and Una (conto)
 The Conversation of Eiros and Charmion (conto)
 Hop-Frog (conto)
 The Facts in The Case of Mr.Valdemar (conto)


Conto: O CORVO (de Edgar Allan Poe)

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!

Tradução Fernando Pessoa

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Mensagem por Mimijak Ter Jan 31, 2012 8:42 am


Emocionei !!! Lindo!!!

Melancólicamente tão belo quanto, She's Out In My Life, You Are Not Alone, What I Can Give, Who Is It e poderia-se talvez incluir-se aí até mesmo Give In To Me, nessas, por traz de sua Poesia esconde-se um profundo sentimento de abandono, Michael não consegue libertar-se por completo de sua melancolia, o tempo passou, e fez e deve fazer o exercício do perdão, mas a dor fica ali sempre latente, queimando em seu peito...

A melancolia em virtude de suas perdas emocionais, e essas criaram raízes e feridas que são profundas, mesmo que conscientemente, tenha perdoado seu Pai e outros causadores, o primeiro foi o maior responsável por muitas delas, fora o das pessoas, como LMP, e DR, os Acusadores (onde deve ter Gritado muitas vezes com seu rosto banhado em lágrimas e na sua solidão, quero Justiça!!!), e que quer queira ou não, de formas diferentes também o usaram descaradamente e o abandonaram, porque todos tinham um objetivo a alcançar, alcançando afastaram-se ou ele próprio tratou de afastar-se para não continuar a sofrer, muito mais.

A perda de momentos de sua Vida como a Infãncia e Adolescência, que jamais conseguiu recuperar... E são importantíssimas para o amadurecimeto da psique de cada ser humano, o lado psicológico precisa desse espaço de tempo para a adaptação em cada Fase, e no ser criança, a doçura da infância esta justamente na despreocupação do viver sem preocupar-se com o amanhã, onde seu maior compromisso é Estudar e Brincar e a Adolescência é quando iniciam-se as descobertas e muitas delas serão imporantes para transpormos sem traumas esta fase e vivermos sem mágoas a vida adulta e bem resolvidos...

"O CORVO", faz uma homenagem à tristeza, a melancolia e a dor, para Michael este Conto deve ter calado muito fundo em seu coração, Ele vive à rir de tudo, para tudo e para todos, mas na maioria das vezes seu riso não chega aos seus olhos, e as vezes, por mais que queiramos esconder algo, nossos olhos são impressionantemente poderosos, porque eles revelam o que vai-nos na Alma... E não subestimem-no, e Michael sabe muito bem disso, e eis aí a importancia que dá ao uso dos Óculos, não quer que as pessoas leiam em seus olhos os seus mais profundos segredos e dores, e assim preservar só um pouquinho de si mesmo dos olhos de outrem...Compreensível não!!! Quem quer seus mais íntimos pensamentos e sentimentos fraquezas e inseguranças, revelados e devassados, e por sua própria experiência, das vezes em que baixou sua guarda, não foi feliz nesse posicionamento, muitos se mostraram incovenientes e por vezes extremamente maldosos...

Assim como Eu, quando o leu, ele deve ter sido levado às lágrimas, "O Corvo", revela um momento de perturbação da Alma, e minh'alma no momento esta perturbada, então, dependendo do momento que o Leitor esta passando este Conto com certeza cala muito fundo no peito...

Apesar de melancólico, é um texto belíssimo, onde Poe soube captar e traduzir em palavras muito provavelmente sua própria melancolia e do mundo ao seu redor...

Ele afirma ali, que de forma repentina, e muito sorrateiramente ela se esgueira, e as vezes até muito suavemente ela chega e se instala, ou seja quando você percebe ela já esta ali, confortavelmente instalada.... A Figura do Corvo vem representar creio, algo, profundamente triste que vai além da vida e que esmaga, massacra a Alma e enfraquece o Espírito... Nossos olhos deixam transparecer o nosso real estado, que as vezes é de profunda tristeza, que chega a causar uma dor quase física, da qual poucos conseguem fugir, e tornam-se então, guerreiros que travam diariamente sua própria guerra de sobrevivência, protegendo seu ser interior, ou criança interior, pois, cheguei a conclusão de que é "Ela" que nos mantêm vivos e jovens, e talves em virtude disto, Michael dizia que era Peter Pan em seu Coração, traduzindo em seu coração ele é uma eterna Criança, que tem sentimentos puros com relação à vida e às pessoas, ignorando ou tentando deseperadamente igonorar a sua maldade, e que invariavelmente acaba por sofrer por isso...

Blanckie!!! Bela escolha, Parabéns!!! Essa foi na veia...Que o diga Michael, não é!!!!
Beijos na sua Alma e em seu Coração, querida, desculpe o sumiço dos últimos dias mas prometo logo volto, pra gente conversar tá amore...Bjimmmm....Mimi/Mimijak
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Mensagem por ket-mj Ter Jan 31, 2012 9:12 pm

Nossa, acho esse trabalho inovador....parabéns!
Ainda não tinha visto esse tipo de trabalho nos outros.
Michael agradece, penso o quanto ele ficaria feliz em alguém divulgar seus conceitos, e gostos. Bjos
Depois vou ler com calma, e volto pra comentar.
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Mensagem por Blankie Jackson Ter Jan 31, 2012 9:38 pm

ket-mj escreveu:Nossa, acho esse trabalho inovador....parabéns!
Ainda não tinha visto esse tipo de trabalho nos outros.
Michael agradece, penso o quanto ele ficaria feliz em alguém divulgar seus conceitos, e gostos. Bjos
Depois vou ler com calma, e volto pra comentar.

Pois é o unbreakable tbm é cultura Very Happy
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Mensagem por DAYA_BR Ter Fev 07, 2012 7:53 pm

galera estou curisissima para ler este livro
Mimi me emocionei com suas palavras e que palavras
alias traduz bem uma pessoa q como Michael eu amo muito
mas vive uma tristeza indescritivel...

um abraço a todas e assim q eu ler eu comento aki
bjos
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Mensagem por rmjj Dom Mar 04, 2012 1:17 pm

obrigado por esse tópico inovador, Mike era assim inovador sei que ele está feliz por essa iniciativa aqui no forum. vou juntar meu gosto de ler pelo gosto de ler do meu lindo Mike, isso será incrível, obrigado


te amo sempre Michael!
rmjj
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